Frentista atropelado presta depoimento no interior de São Paulo

O frentista Carlos Alaetes Pereira Silva, de 37 anos, atropelado por um estudante na noite da segunda-feira da semana passada em Ribeirão Preto, interior paulista, se lembra de cada detalhe do acidente. Ontem, Silva detalhou tudo o que ocorreu em depoimento ao delegado do 4º Departamento de Polícia, Luiz Geraldo Dias. Agora, o delegado aguarda os laudos periciais para ouvir o estudante Caio Meneghetti Fleury Lombardi, de 19 anos, e indiciá-lo.

"Ele (Silva) estava de olho aberto, sorrindo, quando o visitei e falou do acidente com riqueza de detalhes, pois viu tudo e só ficou inconsciente quando chegou ao hospital", afirmou o delegado. O frentista ficou internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital das Clínicas até segunda-feira. Nesta quarta-feira (20) ele passou por uma pequena cirurgia restauradora no rosto e no pescoço, segundo a assessoria de imprensa do hospital.

"O frentista virou uma ‘matraca’, contou tudo o que lembrava e até pediu para divulgarmos a sua foto, para provar que estava vivo", disse o delegado. "Em casos de vítimas de trânsito, às vezes essas pessoas apagam tudo na memória, mas ele não." Ao delegado, Silva detalhou que viu tudo o que aconteceu, desde o impacto com o Vectra até o óleo e a água do radiador do veículo derramando sobre seu corpo.

"Ele viu a fumaça, viu os bombeiros e a polícia, o estudante tentando fugir do local, enfim, teve muita tranqüilidade, mas, com tanta gritaria, confessou que teve medo de morrer", afirmou Dias. O estudante, que comemorava a aprovação no vestibular de direito de uma universidade particular, atropelou o frentista com o carro, que tinha em seu interior seis frascos de lança-perfume – um deles usado. Por isso, o inquérito apura tentativa de homicídio com dolo eventual e tráfico de entorpecentes.

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