O presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire (PE), disse hoje que a saída do deputado José Carlos Martinez (PTB-PR) da campanha presidencial da Frente Trabalhista (PPS-PTB-PDT) evita ?constrangimentos? para a candidatura Ciro Gomes. Segundo ele, Martinez não poderia ser considerado com um dos coordenadores financeiros da campanha de Ciro Gomes. ?Os coordenadores financeiros da coligação sempre foram os mesmos e se chamam Márcio Lacerda, empresário mineiro, e Lúcio Gomes, irmão do Ciro. O José Carlos Martinez nunca foi coordenador?, afirmou.

Freire disse ainda não saber avaliar se a permanência de Martinez dentro da equipe de campanha, após a denúncia de que ele tomou  um empresário de Paulo César Faria (PC), ex-tesoureiro de campanha do ex-presidente Fernando Collor de Melo, prejudicou o crescimento de Ciro Gomes nas pesquisas. ?Não tenho nenhuma pesquisa em que possa balizar minha opinião nessa referência?, disse.

Freire fez questão de ressaltar que o caso de Martinez é totalmente diferente das acusações do candidato à vice de Ciro, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. ?O Martinez tem que dar explicações para a opinião pública, mas ele é só um parceiro da coligação. Já o Paulinho é relevante e precisava se explicar para todos os partidos da Frente, já que ele é a nossa indicação para vice-presidente e uma pessoa que depositamos toda a nossa confiança?, comparou.

Segundo o senador, com os documentos apresentados hoje pelo sindicalista, as acusações são infundadas. Embora Paulinho tenha se antecipado em divulgar pareceres do Ministério do Trabalho que aprovam sua gestão dos recursos do Funda de Amparo ao Trabalhador (FAT) – durante sua presidência na Força Sindical -, por temer a divulgação de novas denúncias pela imprensa, na avaliação de Freire essas denúncias não serão feitas. ?Acho que a campanha entrou em uma fase de discussão de idéias e projetos e não de denúncias contra os candidatos?, afirmou.

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