O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou que o escândalo envolvendo duas cooperativas de leite de Minas Gerais, acusadas de adicionar soda cáustica e água oxigenada ao leite longa vida "é um episódio isolado". Ele admitiu no entanto que "talvez outros casos não tenham sido detectados".

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Em audiência pública conjunta das comissões de Agricultura e de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, Stephanes disse que o novo modelo de fiscalização agropecuária, que prevê o fim da figura do fiscal fixo nas empresas e a realização de auditorias aleatórias, está sendo adotado de maneira experimental no leite, mas será ampliado para outras agroindústrias. Ele citou o setor de carnes como um dos segmentos que terá este novo modelo de fiscalização.

O ministro afirmou também que concorda com a ação da Polícia Federal. "Os desvios devem ser tratados com rigor", disse. Ele acrescentou que o Ministério da Agricultura continuará trabalhando de forma integrada com o Ministério da Justiça e com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Stephanes, que só se pronunciou uma semana depois da Operação Ouro Branco, da Polícia Federal, disse que o governo optou por atuar de uma maneira discreta para não gerar ondas de pânico na população, por causa do temor de consumo de produto contaminado. Ele disse também que está preocupado com a situação do grupo de um milhão de produtores que trabalham com leite no País.

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