As buscas aos destroços do voo Air France 447 que caiu no Oceano Atlântico em 31 de maio, causando a morte de 228 passageiros e tripulantes, deverão ser retomadas em no máximo dez dias. A estimativa foi anunciada ontem, em Paris, pelo Escritório de Investigações e Análise para a Aviação Civil (BEA), coordenador das pesquisas no mar.

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O início da chamada terceira fase das buscas está atrasado em razão da demora de uma das embarcações, a norte-americana Anne Candies, em chegar ao Recife, de onde partirá ao lado de outro navio especializado em vasculhar grandes profundidades, o Seabed Worker. A estimativa é de que o navio alcance a capital pernambucana dia 24, com atraso de pelo menos uma semana. O atraso ocorre pelas condições do mar entre Estados Unidos e Brasil, de acordo com informe distribuído à imprensa pelo BEA. No porto brasileiro, as tripulações farão reabastecimento e carregamento de equipamentos, para então iniciar as buscas.

A nova fase de buscas deve durar quatro semanas e será realizada em uma área de 2 mil quilômetros quadrados de oceano, em um polígono que, estimam especialistas franceses e norte-americanos, é o ponto mais provável da queda do Airbus. Para localizar os destroços e as caixas-pretas da aeronave, os dois navios levarão ao mar quatro sonares e três robôs, capazes de mergulhar em altas profundidades.

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