A estudante brasileira Thais Moreira, de 20 anos, imigrante ilegal na França que recebeu aviso de expulsão ao solicitar sua regularização no país, ganhou o direito de permanecer provisoriamente em solo francês. A autorização foi dada pelo Ministério do Interior e foi informada à família pelas autoridades de Val-de-Marne, na periferia de Paris, que a autorizaram a “terminar seus estudos”.
A informação foi dada à família e a professores de Thais no Liceu Suger, onde ela estuda. Assinada pelo vice-prefeito de Polícia de Val-de-Marne, Hervé Carrère, a autorização de permanência valerá por seis meses. Não há ainda garantia de permanência definitiva no país. “É um imenso alívio”, afirmou, porém, um professor de Thais.
A situação da brasileira se complicou em 7 de março, duas semanas após solicitar a regularização. Ela e sua família não tinham visto. Desde 2009 na França, Thais decidiu pedir a legalização. Em razão de um período de férias no Brasil e da renovação de seu passaporte – o que, na prática, dividiu em dois o tempo de permanência no país, reduzindo-o a menos de cinco anos -, o Ministério do Interior francês entendeu que ela não preenchia os requisitos para a legalização e deveria deixar o país. A decisão motivou a mobilização de colegas, pais e professores da escola onde ela estuda para se tornar fotógrafa. À mobilização, uniram-se as ONGs Rede Educação sem Fronteiras (RESF) e Federação dos Conselhos de Pais de Alunos (FCPA).
