A prefeitura de Foz do Iguaçu terminou ontem o período de moratória, decretado pelo prefeito Paulo Mac Donald Ghisi (PDT), nos primeiros dias de mandato. O município pagou R$ 426.945,03 ao Instituto Brasileiro de Ação ao Desenvolvimento e Integração Social (Ibades) e R$ 206.905,86 para a Organização para o Desenvolvimento Social e Cidadania (Ordesc). Segundo a Prefeitura, a administração anterior, comandada pelo ex-prefeito Sâmis da Silva (PMDB), havia deixado de pagar mais de R$ 600 mil às duas Organizações para o Desenvolvimento Social e Cidadania (Oscip’s).
Ao assumir o cargo, o prefeito anunciou a moratória por 60 dias. Ele determinou análise de todos os contratos avisando que não daria calote, mas que os pagamentos só seriam feitos dentro do "preço justo". Um economista continua analisando minuciosamente os dados. O relatório completo será divulgado nos próximos dias. O diretor do Departamento de Gestão Fiscal da Secretaria da Fazenda, José Sampaio de Castilha, confirmou o descongelamento de algumas contas de 2004, denominadas restos a pagar. "Vamos fazer a programação de pagamento das contas liberadas de acordo com a disponibilidade de caixa", disse.
A Secretaria da Fazenda enviou projeto para a Secretaria da Administração, que deverá remetê-lo à Câmara. O projeto pede autorização do legislativo para o município pagar as dívidas não pagas na gestão passada, que juntas somam R$ 6,9 milhões. Também caíram na malha fina da moratória outras dívidas de aproximadamente R$ 2 milhões com fornecedores, compra de materiais. A secretaria da Fazenda fez um relatório, que comprova que a administração anterior deixou de empenhar (autorizar pagamento) de R$ 6.930.687,73. A dívida mais alta é com a Fundação Itaiguapy, que administra o Hospital Costa Cavalcanti, cerca R$ 2.141.344,63. Na seqüência, aparece como pendente o valor de R$ 1.887.309,60 a ser pago à empreiteira Queiroz Galvão.
As prestadoras de serviços do SUS, empresas contratadas pela prefeitura para fazer determinados exames e procedimentos que não existem na rede pública, também ficaram com créditos de R$ 1.346.395,65. (Lawrence Manoel)