Durante o último feriado, uma das 15 fotografias da mostra inglesa “Wildlife Photographer of the Year”, em exposição na Estação Clínicas do Metrô, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, sumiu – teria sido furtada, segundo seguranças do local e a curadoria do projeto. O espaço expositivo da estação está fora do alcance das câmeras de segurança. O Metrô informa que não há como saber o que aconteceu com a fotografia.
“Temos certeza de que foi furto porque a fotografia não poderia cair sozinha para frente. As ‘janelas’ dos módulos que servem como suporte para elas são menores do que as fotos e foram projetadas para impedir que caiam”, explica Sérgio Serapião, da empresa Via Gutemberg, responsável por trazer a exposição a São Paulo. “O ladrão deve ter forçado para dentro, descolado a foto e levado embora.”
A exposição “Wildlife Photographer of the Year” (Fotógrafo do Ano da Vida Selvagem), realizada anualmente desde 1964 pelo Museu de História Natural de Londres, é uma das mais reconhecidas competições fotográficas com temática ambiental do mundo. A foto desaparecida – Frodo’s prize (O prêmio de Frodo), do francês Cyril Ruoso – não será reposta. “As fotos vieram de Londres e não há interesse em fazer outra, já que a mostra acaba no dia 31”, diz Serapião. Embora o espaço expositivo não seja vigiado por câmeras, o Metrô afirma que o local é seguro, com funcionários “dispostos estrategicamente” na estação da Linha 2-Verde.
A Via Gutemberg informou que não deixará de procurar o Metrô como parceiro, pois “nunca registrou furtos em cinco anos de exposições” nas estações. Na próxima edição, porém, deve contratar monitores para acompanhar a exposição no metrô. “A exposição é autoexplicativa, com detalhes do autor e das fotografias, e foi pensada para não ter monitores. Mas, diante das circunstâncias, vamos ter de repensar”, diz Serapião. A polícia deve realizar perícia no local hoje.