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Brasília – A discussão sobre descolonização e autodeterminação da Guiana Francesa, um país que até hoje vive à sombra da herança francesa, foi o tema da palestra de Jean Michael, secretário de Relações Internacionais da União dos Trabalhadores daquele país, dentro da programação de ontem do 4.º Fórum Social Pan-Amazônico (FSPA), em Manaus (AM). "É fundamental que o povo da Amazônia e da América Latina percebam que a existência dessa relação de dependência na Guiana Francesa é uma agressão ao continente, porque o país é usado como um instrumento", afirmou Jean Michael, para quem o país foi transformado em centro estratégico de operações militares francesas. Desde 1971 a União dos Trabalhadores da Guiana Francesa se posiciona a favor da independência. O coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura Municipal de Belém (PA), Luís Arnaldo Campos, ressaltou que é "terrível entrar no século 21 trazendo a mancha do colonialismo para o nosso continente". Segundo ele, "a luta para varrer do continente americano todos os resquícios do século 18 – relacionados à presença colonial – deveria ser um esforço dos movimentos sociais".

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