Brasília – Uma força-tarefa composta por servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), da Polícia Federal e do Ministério Público Federal prendeu nesta quarta-feira (13) 31 pessoas em Belém (PA), por fraudes na Previdência Social. Estão sendo investigados 517 benefícios concedidos a partir de 2003, mas há suspeitas de que a quadrilha tenha fraudado 17 mil benefícios. A estimativa inicial é de que o prejuízo seja de mais de R$ 10 milhões para os cofres da Previdência.
Segundo o Ministério da Previdência, entre os fraudadores, sete são servidores administrativos e dois são peritos médicos. Os outros 22 presos são intermediários, dos quais dois são falsos médicos. Um dos detidos é o chefe da Agência da Previdência Social de Mosqueiro, que estava funcionando na capital paraense.
De acordo com a Polícia Federal, foram expedidos 37 mandados de busca e apreensão e 31 de prisão, todos foram executados e cumpridos. A força-tarefa concluiu as investigações iniciadas pelo INSS em outubro de 2006.
O Ministério da Previdência informou que a quadrilha reunia pessoas interessadas em conseguir benefícios fraudulentos, como auxílio-doença, aposentadoria por tempo de contribuição, por idade ou invalidez, pensão por morte ao idoso e portador de deficiência. Isso era feito por meio de documentos falsos e da ajuda de servidores e médicos peritos integrantes do grupo.
Após confeccionarem a documentação falsa necessária para pedir o benefício, os interessados entravam com requerimento em uma das agências da Previdência Social onde trabalhava um membro da quadrilha. Lá, o servidor habilitava e concedia o benefício, ou o médico perito atestava a existência de doença ou invalidez.
Entre 2003 e 2008, já foram realizadas 145 operações pela força-tarefa do Ministério da Previdência. Foram presos 868 fraudadores, sendo 48 deles em 2008. Desse total, 30 são servidores do INSS.