Policiais civis da Força Nacional de Segurança Pública que desembarcaram ontem em Maceió poderão ajudar nas investigações sobre as mortes de moradores de rua em Alagoas. Foi o que afirmou o diretor geral da Polícia Civil do Estado, delegado Marcílio Barenco, em entrevista coletiva à imprensa.
Segundo ele, o grupo da Força viajou a Maceió para trabalhar na investigação de cerca de 4.000 inquéritos pendentes instaurados até dezembro de 2007. “São casos de homicídios que até hoje não foram esclarecidos e que agora terão andamento, num trabalho integrado entre a Polícia Civil de Alagoas e policiais vindos de outros Estados”, disse.
Para Barenco, a chegada da equipe é uma oportunidade para colocar em dia os processos pendentes. “Esperamos que o trabalho seja concluído com sucesso. Quarenta e cinco homens irão trabalhar na atividade investigativa.”
O delegado também vê a possibilidade de se estender o prazo de permanência do grupo em Alagoas, que inicialmente é de 40 dias. “Vai depender do andamento dos trabalhos. Caso seja necessário, faremos o pedido ao Ministério da Justiça.”
O secretário de Estado adjunto da Defesa Social, Washington Luis, disse que a chegada do grupo ao Estado “foi um esforço da Delegacia Geral para que os casos de assassinatos em Alagoas sejam esclarecidos”. “É uma forma de prestar contas a sociedade. Esperamos que esse projeto traga benefícios, mas lembro que é uma experiência piloto e que cada caso tem suas particularidades. A equipe irá se concentrar num número razoável de procedimentos”, afirmou.
O coordenador da Força Nacional de Segurança Pública, delegado Eraldo José, disse que o grupo está pronto para investigar todos os casos que serão repassados pela Polícia Civil. “Estaremos prontos para avaliar cada prova já existente no inquérito e, caso não haja informações suficientes, iremos atrás dos policias alagoanos para buscar informações do andamento dos casos”, explicou.