Força Nacional troca tiros no Complexo do Alemão

No terceiro dia da Operação Cerco Amplo, agentes da Força Nacional de Segurança (FNS) responderam às provocações dos traficantes com tiros e a derrubada de um muro de concreto usado como escudo pelos bandidos da Favela da Fazendinha, no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, que voltaram a exibir fuzis e pistolas à luz do dia. Ontem, os bandidos chegaram a dançar com as armas a 500 metros dos policiais. Apesar da resposta ao deboche dos criminosos, o efetivo da Polícia Militar que participava da ação com o cerco do conjunto de favelas diminuiu e à tarde alguns acessos da Vila Cruzeiro, na Penha, não contavam com nenhum patrulhamento.

"Vamos apurar se houve algum erro, porque a orientação é manter o cerco. A diminuição do efetivo foi um passo tático. Vamos nos concentrar no Complexo do Alemão, pois ali é o berço da violência do narcotráfico. Nossas ambições são muito maiores e incluem a mudança da arquitetura local, mas se não retirarmos o tráfico, não teremos sucesso", declarou o superintendente de Planejamento Operacional da Secretaria de Segurança Pública, Mário Sergio Duarte. A operação já contou com 450 homens, agora tem 250 policiais, sendo 140 da FNS.

O muro erguido pelos traficantes foi demolido durante a manhã pelo carro blindado do Batalhão de Operações Especiais (Bope), após os criminosos receberem os agentes da FNS a tiros. Mesmo após a derrubada, os bandidos voltaram ao local e foram rechaçados a tiros por um agente da FNS que usava um fuzil com mira telescópica. "Eles passam armados usando moradores como escudos para não atirarmos", revelou um policial.

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