Rio (AE) – Acabou ontem à tarde a rebelião na Penitenciária de Viana, no Espírito Santo, com a liberação de um agente penitenciário e de cerca de 150 parentes de presos, mantidos reféns desde sábado, de acordo com a assessoria de imprensa do governo do Estado do Espírito Santo.

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Pelo menos duas pessoas foram mortas no motim. O governo não informou se atendeu às reivindicações dos presos. O fim do motim contou com a ajuda da Força Nacional de Segurança (FNS).

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, informou que os 70 policiais da FNS permanecerão no Espírito Santo até que a situação carcerária volte à normalidade. ?O governador conversou comigo e nós mandamos a Força Nacional, que vai ficar lá, vai ajudar as polícias do Estado até que aquilo seja debelado?, disse em Santos (SP), onde inaugurou a nova sede da Polícia Federal.

Bastos afirmou que está acompanhando de perto o problema penitenciário do Espírito Santo. E lembrou que na sexta-feira será inaugurado em Catanduvas (PR) o primeiro presídio federal, ?o ponto inicial de uma revolução no sistema penitenciário brasileiro?. Trata-se, segundo o ministro, de ?um presídio de segurança máxima, com vagas qualitativas, onde se pode isolar pessoas que estão criando distúrbio em qualquer estado?.

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Sobre as sete rebeliões no Estado de São Paulo durante o feriado, o ministro comentou que ?é uma situação que precisa ser olhada com muito cuidado?. Declarou ?muita confiança nas forças de São Paulo? e destacou o empenho do governador Cláudio Lembo. ?Mas é uma situação que tem de ser acompanhada todo dia.?

Em Rondônia

Terminou ontem também a rebelião no Presídio Urso Branco, em Porto Velho, Rondônia. Os amotinados libertaram os 173 reféns, depois que o secretário de administração penitenciária concordou com uma das reivindicações dos presos. Assim, 10 detentos que haviam sido transferidos na quinta-feira passada deverão ser trazidos de volta para o Presídio Urso Branco.

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