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Folia infantil exige conforto e segurança

As prévias da folia de rua paulistana também trazem opções para os pequenos. Quem tem criança em casa pode se deparar com a vontade de fantasiar os filhos, mas não saber quais são as melhores opções para evitar que a diversão se transforme em incômodo. Para ajudar os pais, a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo ouviu mães empreendedoras que trabalham com artigos infantis. Elas destacam que, na hora de levar os filhos para os bloquinhos, o conforto e a segurança devem estar em primeiro lugar.

Camila Tamachiro, de 32 anos, tem uma filha de 14 anos e dois meninos, um de 2 anos e 5 meses e outro de 6 meses. Fundadora do Koala Ateliê, marca especializada em acessórios, ela diz que os adereços para as crianças devem ser leves e não podem produzir qualquer tipo de incômodo.

“A criança se diverte com pouco. Os adereços devem ser confortáveis e feitos com material leve, que não coce. Eu faço máscaras de feltro com regulagem, e elas podem ser usadas na cabeça ou no rosto. Como há a regulagem, os adultos podem usar.”

Camila destaca que as peças adquiridas não precisam ser utilizadas apenas no período do carnaval. “As crianças podem usar em brincadeiras, em festas, para complementar a leitura. É só ter criatividade.”

Érika Li, de 46 anos, é dona da Contos de Vestir e costura desde os 11 anos. Hoje, faz coroas e fantasias infantis. Segundo Érika, alguns detalhes podem ser observados pelos pais aos fantasiar os pequenos. “A primeira coisa é observar o acabamento interno.

Verifique se há viés no zíper para ele não pinicar, se as costuras internas são invisíveis para as linhas não ficarem em contato com a pele da criança. Repare também a qualidade do tecido, o forro. E olhe se os vestidos permitem que a criança corra.”

Érika produz as fantasias há seis anos e começou a atuar profissionalmente no ramo em

2013. “Comecei por conta da minha filha, que está com 12 anos. Fazia vestidos de princesa, porque não achava nada que eu quisesse colocar nela. Encontrava fantasias com forro de TNT, zíper mal colocado, costura mal feita e saias que não rodavam”, relembra.

Olívia, de 5 anos, é chamada de “modelo inspiradora” pela mãe, Joana Jote, de 38 anos, idealizadora da Panoli. Saias de tule com pompom são o carro-chefe da marca. “Comecei a costurar para a minha filha. Ela é o meu termômetro. Acho que, no carnaval, vale tudo, mas a minha proposta é que a roupa possa ser usada no ano inteiro. Pode ser uma coisa lúdica complementada com um body ou uma regata.”

Bolsa térmica com água e lanchinhos, calçados confortáveis e roupas leves são os itens fundamentais para aproveitar a folia com crianças para Cinthia Yamazaki, de 34 anos, sócia do espaço Achadinhos, loja com marcas especializadas em artigos infantis, das quais quase 60 são de mães empreendedoras. Mãe de Max, que vai completar um ano durante o carnaval, ela diz que a prioridade deve ser o conforto. “Tem coisa que tem de ser levada. Eu recomendo as bolsas térmicas com água e suquinho e para poder levar um petisco. E também sapatos confortáveis, como sandálias de couro molinho. O conforto deve ser para os pais e para as crianças, ou elas acabam não curtindo.”

Cuidados. Pediatra do Hospital São Camilo, Priscila Zanotti Stagliorio não recomenda que os pais levem crianças menores de 6 meses nos blocos de carnaval. “Quanto maior a criança, mais seguro. Tem de ser uma fantasia confortável e os pais devem levar uma roupa extra, porque a criança pode se incomodar com a primeira opção. O mais importante é cuidar da saúde das crianças: hidratá-las, levar algum lanche saudável e proteger do sol.”

Segundo Priscila, os pais devem aplicar o filtro solar indicado pelo pediatra nas crianças e, dependendo da região, passar repelente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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