O PT não pretende acirrar a disputa pela sucessão de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado para não contaminar a votação da emenda que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), chegou ao Senado pedindo calma aos colegas. "O foco central agora é a normalização das atividades do Senado e muita calma", afirmou.

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Os petistas sabem que uma disputa agora pelo cargo de Renan só acirraria os ânimos e prejudicaria os interesses do Planalto. "Nada de disputa", observou Ideli, acrescentando que a votação da emenda que prorroga a CPMF vai precisar de "muita negociação e conversa". Por isso, a ordem é estabelecer um clima amistoso com a oposição para tentar reduzir os prazos de tramitação, que estão muito apertados.

A líder do PT afirmou que "há margem para negociar" a CPMF, ressaltando a proposta de desonerar outros tributos, desde que apresentados de forma concreta. Amanhã, os líderes partidários almoçam com o presidente em exercício do Senado, Tião Viana (PT-AC), para discutir a agenda de votações. Tião já despacha no gabinete da presidência e inclusive faz a primeira reunião da Mesa Diretora.

O senador Gerson Camata (PMDB-ES) vai sugerir que o Senado cumpra o regimento e inicie as votações às 17 horas. Ele deve propor também um projeto de resolução para que os projetos que obtiverem o apoio de 27 senadores entrem automaticamente na pauta. Atualmente, ficam na dependência e vontade do presidente da Casa, que elabora a Ordem do Dia.

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