Cientistas dos Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira, 11, a primeira detecção de ondas gravitacionais. “Estamos detectando ondas gravitacionais. Nós conseguimos”, disse David Reitze, um dos coordenadores do projeto Laser Interferometer Gravitational-Wave Observator (Ligo), nos Estados Unidos, na sede da NSF, a agência de financiamento à pesquisa americana.
Os cientistas buscavam sinais das ondas gravitacionais há 100 anos, desde que Albert Einstein as previu em sua teoria da relatividade geral. “O sinal foi exatamente o previsto por Einstein. Mas estamos mesmo animados é com o que virá agora”, afirmou.
Em dois observatórios localizados em Hanford, no Estado de Washington, e Livingstone, em Luisiana, a 3 mil quilômetros um do outro. Eles observaram dois buracos negros que giraram um em torno do outro, ficando cada vez mais próximos.
Quando os dois se fundiram em um buraco negro maior, houve uma explosão de ondas gravitacionais, que são tão sutis que não puderam ser observadas com a tecnologia que existia nos últimos 100 anos.
“É a primeira vez que isso é observado. Os buracos negros tem apenas 150 quilômetros de diâmetro, mas têm 30 vezes a massa do sol. Quando se fundem há uma grande explosão de ondas gravitacionais. São tão pequenas que captá-las é como enxergar um milésimo de um próton”, disse. “É algo grandioso, porque, além de confirmar as previsões de Einstein, também detectamos coisas que não eram esperadas.”