A Secretaria Estadual da Fazenda de São Paulo fez ontem uma devassa em 13 empresas suspeitas de participar de fraudes na venda de merenda escolar para a Prefeitura de São Paulo e outras cidades do Estado. A Operação Pratos Limpos buscava indícios de sonegação fiscal e da existência de supostas empresas satélites usadas para ocultar e lavar ativos. Em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate à Formação de Cartéis e Lavagem de Dinheiro (Gedec) e a Promotoria da Cidadania, do Ministério Público, os fiscais visitaram 37 escritórios em 11 áreas do Estado em busca de documentos.

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Na ação, foram apreendidos livros contábeis, arquivos, computadores. “A Receita fará um relatório sobre o que foi constatado que nos será encaminhado”, afirmou o promotor Arthur Lemos Pinto Junior, do Gedec. Os promotores investigam a suspeita de formação de cartel por parte dos fornecedores de merenda, além de corrupção, fraude em licitação, improbidade administrativa.

Além de questionar a terceirização da merenda por ter supostamente aumentado em até três vezes os custos para a Prefeitura, os promotores suspeitam que a qualidade dos alimentos fornecidos era inferior à contratada pelo Município. Os promotores já dispõem de relatos sobre as movimentações financeiras suspeitas com saques de R$ 200 mil em dinheiro vivo feitos por supostos laranjas de algumas das empresas investigadas. A Prefeitura de São Paulo afastou funcionários supostamente envolvidos com as empresas suspeitas, mas pretende manter a terceirização do serviço da merenda. 

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