Brasília – Os fiscais agropecuários garantiram que apesar da retomada da greve nesta terça-feira (28), por tempo indeterminado, 30% continuarão no trabalho. Segundo o vice-presidente da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa), Wilson Roberto, será mantido o atendimento em relação a produtos perecíveis.
?Nós temos o compromisso de atender as demandas de ordem judicial. Além disso, a própria categoria decidiu que nos locais onde há maiores riscos, principalmente nos aeroportos, com bagagens acompanhadas, vamos fazer os atendimentos?, disse.
Ele acrescentou que a categoria manterá um "atendimento especial" na situação de trânsito de alguns animais ou plantas vivas, e que os fiscais estarão a postos em casos de focos ou qualquer emergência.
A categoria reivindica uma reestruturação remuneratória, ou seja, um plano de carreira. Roberto informou que em 2006 chegou a ser elaborado um documento, pelos ministérios do Planejamento e da Agricultura, junto com a Associação, mas o governo não finalizou o ofício. E que não foi divulgado o conteúdo da reunião da tarde desta terça-feira, entre representantes dos fiscais e do Ministério da Agricultura.
A greve, acrescentou, é nacional e deverá atingir 70% dos trabalhadores. Wilson Roberto lembrou que se trata da terceira paralisação no ano: ?A insatisfação do setor é grande. Todos os fiscais estão mobilizados?.
Os fiscais federais são responsáveis pela certificação das cargas agropecuárias importadas e exportadas pelo Brasil. Atualmente, o país tem 3.514 desses profissionais. O Ministério da Agricultura, procurado pela Agência Brasil, não comentou a paralisação.