Brasília – Este será o último ano em que universitários terão nota do Exame Nacional de Cursos, o Provão. A partir de 2004, acaba o exame atual, que por sete anos foi a estrela da avaliação do Ministério da Educação (MEC) e estabelecia rankings das instituições a partir dos conceitos de A a E obtidos pelos alunos. O teste deixa de ser obrigatório para todos os formandos e será apenas um dos itens da avaliação das instituições de ensino superior.
Essas mudanças constam da proposta do novo Sistema de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), que uma comissão especial preparou e já está com o ministro da Educação, Cristovam Buarque (foto). O foco do Sinaes é a instituição, não o desempenho do aluno. Os estudantes continuarão sendo testados, mas nem todos. O exame será aplicado por amostragem e a classificação por conceitos, abandonada. Já a avaliação institucional levará três anos para ser concluída. Começará com auto-avaliação, feita pelos próprios alunos, professores e funcionários. A instituição passará ainda por uma análise externa organizada por um órgão que será criado no MEC: a Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes). Ela também fará um parecer sobre a instituição, que vai dar origem a um dossiê a ser divulgado pela internet.
Dois exames
O Processo de Avaliação Integrada do Desenvolvimento Educacional e da Inovação de Área (Paideia), que substituirá o Provão, é um dos componentes do Sinaes. O exame será realizado por áreas: ciências humanas; exatas; tecnológicas e biológicas. Cada área será avaliada a cada dois anos, com testes em duas etapas: no meio e no fim do curso. O nome Paideia além de ser uma sigla, significa ensino ou educação em grego.