Fim da CPMF pode significar menos repasses para estados e municípios

São Paulo – O ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, disse nesta sexta-feira (14), em São Paulo, que o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), a partir do próximo ano, pode significar menos repasses do governo federal para os estados e municípios.

?Os senadores representam os estados, os estados recebem repasses. Se há R$ 40 bilhões a menos (de recursos que seriam arrecadados com a CPMF) significa que os estados e municípios, de repente, têm que receber menos repasses?, afirmou o ministro, após participar da inauguração da primeira agência da Previdência do estado paulista especializada em benefícios por incapacidade.

Marinho disse que este é um momento que vai exigir ?muita serenidade? do governo e que a ausência da arrecadação da CPMF vai fazer uma grande diferença e forçar uma revisão dos investimentos.

?Certamente é preciso rever os investimentos anunciados para a saúde, alguns investimentos que poderiam ocorrer não ocorrerão. Minha expectativa é de que a economia cresça mais do que eventualmente estava projetado para fazer essa diferença na arrecadação e garantir todos os investimentos que precisam ser feitos?.

O ministro citou como exemplo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Saúde que, segundo ele, tinha a previsão de R$ 80 bilhões de investimento na área em 2011. ?Isso provavelmente não ocorrerá?, disse.

De acordo com o ministro, o fim da cobrança da CPMF não deve afetar a política de reajuste do salário mínimo. ?O reajuste do salário mínimo significa dar continuidade a um modelo que está dando certo, ou seja, distribuir renda e fortalecer o mercado de trabalho para, a partir desse processo, dar sustentabilidade ao desenvolvimento e crescimento?.

Marinho também comentou que o equilíbrio do regime geral urbano da Previdência está mantido para 2008 e negou que a perda da CPMF vai pressionar o debate sobre a reforma da Previdência. ?A reforma da previdência pressupõe um processo de debate de longo prazo?, afirmou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo