Rio – Os quatro filhos do casal norte-americano assassinado num condomínio de luxo na Barra da Tijuca embarcaram no início da madrugada de ontem para Salt Lake City, nos Estados Unidos. Os avós e tios acompanharam as crianças, de 3, 8, 10 e 13 anos. Os corpos do casal Zera e Michele Staheli também foram embarcados.

Antes de viajar, a filha mais velha depôs pela segunda vez sobre o crime. Dessa vez, a adolescente, que já prestou depoimento à Justiça, foi ouvida na Delegacia de Homicídios durante três horas e meia. O depoimento foi acompanhado por um psicólogo e pelos avós da adolescente. A polícia informou que ela revelou a existência da tranca de uma janela da casa que estava com defeito há dez dias, fato que era do conhecimento apenas das pessoas mais íntimas. A garota informou também que o portão da casa, que ela garante ter sido trancado na noite do crime, estava apenas encostado na manhã seguinte quando o casal amigo foi chamado pela crianças, que já tinham encontrado o pai agonizando e a mãe muito ferida.

Relato

O ex-jogador de futebol Tita, amigo da família Staheli, falou ontem sobre o crime. Ele esteve na casa logo depois que o casal americano foi atacado e contou detalhes sobre como foi o socorro. “Quando eu cheguei, os seguranças já estavam lá. Os corpos estavam na cama, a Michele com dificuldade de respirar, agonizando. Saí dali correndo para ver se encontrava alguma ambulância que pudesse imediatamente socorrê-la”, disse o ex-jogador. “Quando tiramos o corpo da Michele da cama para colocar na maca, ela bateu com a cabeça na parede. Então, ficou a marca de sangue com cabelo. O pessoal da perícia achava, por isso, que ela tinha lutado com alguém, mas não foi”, observou ainda. O ex-jogador Tita está no Rio Grande do Sul, trabalhando como treinador, e ainda não prestou depoimento formal à polícia.

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