Pressionado por parlamentares do PMDB, o suplente no Senado do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, seu filho Edison Lobão Filho (DEM-MA), conhecido por Edinho, deve renunciar ao mandato e não apenas se licenciar do cargo. Apoiada pela cúpula do partido, a medida derruba a estratégia inicial, defendida pelo senador José Sarney (PMDB-AP), pela qual o filho do novo ministro apenas transferiria a vaga provisoriamente ao segundo suplente, o peemedebista Remi Ribeiro, enquanto aguarda que se silenciem ou sejam esclarecidas as denúncias de que é alvo.
A preocupação dos peemedebistas se explica: eles temem que a ligação de Edinho com o Senado, mesmo ele sendo de outro partido e as repercussões daí decorrentes dificultem a permanência de seu pai, que é do PMDB, no ministério. Na avaliação de um senador que acompanha os movimentos da cúpula do partido, Lobão estaria numa situação ?danada?. Para parlamentares da bancada do PMDB no Senado, Lobão pode ser arrastado pelas investigações contra seu filho ou ganhar credibilidade com a renúncia de Edinho.
No entanto, a biografia de Remi Ribeiro deixa igualmente a desejar. Ele foi apontado, em 2005, como um dos beneficiários do esquema de apropriação indébita de recursos da Prefeitura de São Bento, no Maranhão, onde era tesoureiro. Ainda assim, a avaliação do PMDB é que sua posse na vaga de senador vai ?pesar? menos para o ministro do que a do filho.