Caçapava – A Justiça de Caçapava, a 105 quilômetros de São Paulo, fez ontem a primeira audiência com os acusados de planejar o assassinato do pai, o aposentado Kazu Harada, de 64 anos, que aconteceu em 9 de maio. O juiz substituto da Vara Criminal, Cândido Peres, contou que Ângela Harada tentou livrar a mãe e o irmão do crime e assumiu ter planejado a morte do pai. Os advogados de defesa dos irmãos e da mãe não compareceram.
Kazu Harada foi morto dentro de sua casa, em Caçapava, por dois homens que simularam um assalto. Segundo o juiz, que não quis dar entrevista, os acusados mantiveram as informações que constam do inquérito policial. Em 29 de maio, a polícia descobriu que os filhos do aposentado, George Harada, 21, e Ângela Yuri Harada, 33, tinham planejado o crime com o consentimento da mãe, Maria Kazama Harada. Outras cinco pessoas participaram do crime e receberam R$ 30 mil pela execução do aposentado.
A audiência aconteceu no fórum de Caçapava e durou cinco horas. Os acusados Rodolfo Luiz da Silva Alves, Eduardo Ribeiro da Silva, Adriano Ribeiro de Godoy, Paulo Henrique Costa e Shirley da Silva também prestaram depoimento à Justiça e retornaram para as cadeias de São José dos Campos e Caçapava. Segundo o advogado de defesa de Costa, Glauco Januzzi o acusado nega qualquer envolvimento com o crime. “Ele afirma que nem conhecia a família Harada e não participou do assassinato.”