Nem a chuva que cai sobre Salvador desde a manhã de hoje foi capaz de tirar o ânimo dos cerca de 70 mil fiéis que acompanham, desde o início da tarde, a festa de beatificação da religiosa baiana Irmã Dulce. As caravanas, vindas de todo o País, começaram a chegar ainda pela manhã ao Parque de Exposições.
“Perto do que Irmã Dulce fez, enfrentar chuva não é nada”, disse, emocionada, a aposentada Maria Conceição Rossi, de Aracaju. “Estar em um evento como este é uma oportunidade de agradecer por todas as graças que recebemos. Há mais de dez anos rezo para que Irmã Dulce não deixe faltar nada na vida de minha família, e só tenho a agradecer”.
Caravanas de Sergipe foram as mais numerosas no evento. Foi do Estado, vizinho à Bahia, que saiu o caso reconhecido como milagre pelo Vaticano – o que propiciou à religiosa, morta em 1992, ser reconhecida como beata.
A funcionária pública Cláudia Cristiane Santos de Araújo, do município de Malhador, a 49 quilômetros de Aracaju, foi salva de uma intensa hemorragia que a acometeu logo após o parto de seu segundo filho, Gabriel, hoje com 10 anos. Cláudia e Gabriel participaram da cerimônia, depositando um arranjo de flores sob a imagem oficial da religiosa, que foi mostrada hoje e passará a ser como Irmã Dulce será conhecida entre os católicos do mundo.
Também acompanham a cerimônia, presidida pelo cardeal d. Geraldo Majella Agnelo – que representa o papa Bento XVI -, a presidente Dilma Rousseff, os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, da Bahia, Jaques Wagner, e de Sergipe, Marcelo Déda, o ex-governador paulista José Serra, e o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro, além de ministros, deputados e mais de 600 religiosos de todo o País.