Brasília
– Os encontros do presidente Fernando Henrique Cardoso com os quatro principais candidatos à sucessão presidencial será na segunda-feira, dia 19. O primeiro encontro será às 12h, com o candidato da Frente Trabalhista (PPS-PDT-PTB), Ciro Gomes. Às 13h, o presidente se encontrará com o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Em seguida, receberá Anthony Garotinho, às 14h; e, por último, o candidato do PSDB, José Serra, às 15h.A data foi adiada de amanhã para a próxima segunda-feira por problemas de agenda de alguns candidatos. Segundo a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, Lula informou que só poderia se encontrar com o presidente na segunda-feira.
Após participar de uma reunião no Itamaraty, o presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que os candidatos à presidência precisam assumir as suas responsabilidades perante o país. Fernando Henrique disse que o governo não pode deixar que haja falta de confiança no Brasil por causa de uma eleição. Segundo ele, o interesse do governo, neste momento, é baixar a taxa de juros na medida do possível, mas isso só poderá ser feito “se existir uma taxa de dólar razoável e quando as linhas de crédito forem reestabelecidas”.
“Não há nenhuma razão para que isso não ocorra. Eleição é um processo democrático, e o povo decidirá. Agora os candidatos têm que assumir suas responsabilidades. Gostaria de vê-los assumindo. Alguns já o fizeram, assumindo essa responsabilidade perante o País”, afirmou.
O presidente nacional do PT, José Dirceu, divulgou uma nota ontem sobre a proposta do presidente Fernando Henrique Cardoso de se encontrar com os presidenciáveis. Dirceu reitera a disposição de conversar com o presidente e a data do encontro será marcada de acordo com a conveniência das agendas. “Sabemos que a crise financeira é grave e estamos dispostos a fazer o que estiver a nosso alcance para, com a responsabilidade que nos cabe no processo político do país, ajudar a resolvê-la. Mas não contem conosco para um jogo de cena que oculte ao povo brasileiro a necessidade de mudanças fundamentais no rumo do Brasil. A crise atual decorre dos graves erros da política econômica adotada pelo governo e é indispensável uma nova política econômica para sair da vulnerabilidade”, diz o texto.