O presidente Fernando Henrique Cardoso abrirá as portas do Alvorada, na quinta-feira (12), para comemorar o centenário do ex-presidente Juscelino Kubitschek. Ele transformará o evento em uma grande festa política e cultural, com direito até a Orquestra de Violeiros para relembrar o espírito seresteiro de JK, político que candidatos à sucessão de Fernando Henrique tentam imitar. Mais uma festa palaciana com ares de despedidas.

O ministro da Cultura e presidente da Comissão Nacional do Centenário, Francisco Weffort, apresentou hoje a receita para tanto sucesso: ?JK combinou, ao mesmo tempo, desenvolvimento e democracia política.? Segundo o ministro, JK inaugurou um estilo de política elegante, bem-humorado, aberto ao diálogo, tolerante e capaz de perdoar inclusive responsáveis pela tentativa de golpe de que foi vítima.

Durante o governo de Juscelino, enfatiza o ministro, houve um ?extraordinário crescimento na economia, no emprego e nos salários?, no País. Metas invejadas em plena crise econômica e almejadas pelos candidatos atuais.  Weffort atribui também a JK responsabilidade pela virada do Brasil rural para o moderno, urbanizado e industrializado.

?O ex-presidente costumava sair cantando pelo meio da rua?, admira-se o ministro, garantindo que o estilo de vida do ex-presidente certamente estimulou a bossa-nova, músicas eruditas, enfim a criatividade dos artistas. O líder político, que faz 100 anos de nascimento no dia 12, receberá inúmeras homenagens em Brasília, Diamantina (onde nasceu), Rio de Janeiro e Belo Horizonte, ao longo da próxima semana.

O governo federal, por exemplo, lançará moeda bimetálica de R$ 1,00 de circulação nacional com a efígie de JK. Para colecionadores, serão editadas moedas de ouro de R$ 20,00 e prata de R$ 2,00. Em comemoração ao centenário ainda foram produzidos livros, discos e até um documentário do cineasta Silvio Tendler. Na terra natal de JK, o auge das comemorações ocorrerá com a chegada da Expedição Brasília-Diamantina, uma cavalgada que iniciou no dia 23.

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