O feriado prolongado de Corpus Christi começou com estradas e praias vazias no Estado de São Paulo, nesta quinta-feira, 31. Em algumas rodovias, em horário de pico, tinha menos carros até do que num dia comum. Em razão da crise no abastecimento de combustível causada pela greve dos caminhoneiros, muita gente desistiu de pegar estrada.

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As praças de pedágio da rodovia Castelo Branco, entre Sorocaba e São Paulo, estavam com 50% das cabines abertas de manhã e no início da tarde. Normalmente, em feriados prolongados, todas as cabines de cobrança funcionam. O comerciante Adauto Lessa, de Sorocaba, foi com a família até um outlet na rodovia Castelo Branco, em Mairinque.

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“Com esse problema, a gente tem de ir e voltar com o combustível que tem no tanque, por isso optamos por um passeio de 80 quilômetros, entre ida e volta”, disse.

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O movimento era tranquilo também no Sistema Anhanguera-Bandeirantes. De acordo com a Agência dos Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), por conta da excepcionalidade do feriado, afetado pelas paralisações dos caminhoneiros, as concessionárias não estavam fazendo balanços parciais do movimento nas estradas. O balanço será divulgado apenas na segunda-feira, 4, mas as câmeras online não registravam nenhum ponto de congestionamento.

No Corpus Christi do ano passado, 2,9 milhões de veículos circularam pelas principais rodovias estaduais que atendem a Região Metropolitana de São Paulo. Conforme os números divulgados à época pelas concessionárias, foram 260 mil para o litoral pelo Sistema Anchieta-Imigrantes, 80 mil na Tamoios, 960 mil na Ayrton Senna – Carvalho Pinto, 800 mil no Sistema Anhanguera-Bandeirantes e 600 mil no Sistema Castelo-Raposo. Outros 300 mil usaram rodovias administradas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER)

Praias

Num dos principais feriados prolongados do ano, poucas pessoas se arriscaram a pegar o rumo do litoral. A concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes, principal acesso à Baixada Santista, não adotou a Operação Descida e o sistema operava com cinco faixas no sentido do litoral e cinco para a capital. Isso porque, segundo a concessionária, apesar do tempo bom, o tráfego estava abaixo da previsão e fluía normalmente em todas as rodovias que compõem o sistema.

Na rodovia Domênico Rangoni (SP 55), sentido São Paulo, um acidente envolvendo duas carretas e um caminhão bloqueou a pista, às 12h30. Mesmo assim, por conta do movimento baixo, houve apenas um quilômetro de congestionamento. A Tamoios registrava trânsito livre em direção ao litoral norte. Com a circulação de caminhões liberada no feriado, veículos de carga transitavam pelo trecho entre São José dos Campos e Caraguatatuba.

O trânsito de carros em direção ao litoral era muito baixo. Nas principais cidades, os restaurantes da orla estavam com as mesas vazias. “Está desolador ver as praias sem gente. Espero que o movimento melhore nos próximos dias”, disse a comerciante Esther Pestellero, dona do restaurante Paraíso, na praia do Boqueirão, em Praia Grande.

Em Peruíbe, hotéis e pousadas registraram até 80% de cancelamentos, conforme o diretor de Comunicação, Celso Vernizzi. “É o pior feriado da história. Estamos com 30% dos turistas esperados”, disse. Segundo ele, a cidade já está com combustível e os ônibus voltaram a circular. “A esperança é de que, com o abastecimento voltando ao normal, os turistas ainda apareçam para o fim de semana.”

No Guarujá, as praias também estavam quase vazias. Alguns restaurantes fecharam à tarde por falta de clientela. “Está super fraco, mas vamos ficar abertos, pois deve melhorar”, disse a atendente Carol Lima, do restaurante Hangar, na Praia da Enseada.