A pesquisa de Projeções Econômicas e Expectativas de Mercado da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostrou que a maioria dos analistas dos bancos consultados pela entidade acredita que a economia brasileira deve crescer 4,63% neste ano. O resultado representa uma elevação de expectativa ante o levantamento anterior, realizado em fevereiro, quando economistas previam crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,52%. Para 2009, a estimativa foi elevada de 4,15% para 4,20%. A Febraban consultou 36 bancos entre os dias 12 e 14 de março, após a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom).
A pesquisa mostrou que as instituições financeiras não alteraram sua expectativa para a inflação neste ano, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que era de 4,48%. Para o ano que vem, a projeção para a inflação foi revisada em alta de 4 26% para 4,30%. Já o cálculo para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) neste ano subiu de 5,07% para 5,22%, e, para 2009, de 4,34% para 4,40%.
Juro
Apesar do tom "mais duro" da última ata do Copom, a maioria dos analistas consultados pela Febraban em sua pesquisa Projeções Econômicas e Expectativas de Mercado acredita que a Selic, taxa básica de juros, deve permanecer inalterada neste ano, em 11,25% ao ano. Já para 2009, há uma expectativa de que o Banco Central corte os juros para 10,75% ao ano.
O levantamento revelou que 66,9% dos bancos não alteraram significativamente suas projeções macroeconômicas e financeiras após a última ata do Copom, mas que 88,5% acreditam que há alguma possibilidade de o Banco Central subir os juros neste ano. "Os bancos estão precificando maior cautela", avaliou o economista-chefe da Febraban, Nicola Tingas. "O BC , por enquanto, não vai mexer nos juros, mas nas expectativas do mercado", explicou.