Cinco famílias de vítimas do acidente aéreo ocorrido em 29 de setembro de 2006 entre um Boeing da Gol e um jato Legacy devem entrar amanhã com ação indenizatória por danos morais e patrimoniais na Comarca de Peixoto de Azevedo, em Mato Grosso, contra os norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, pilotos do jato. A ação também envolve as empresas Embraer, Rayteon – fabricante de software de controle aéreo -, Lockheed Martin – que produz turbinas -, Execel Air e Honeywell – que fabrica transponder (aparelho que envia e recebe sinais, incluindo o tipo de avião e sua altitude, para outros aviões e as torres de controle).

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Luiz Roberto de Arruda Sampaio, advogado das famílias de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, pede, na ação, indenização de R$ 15 milhões. O total corresponde à soma dos valores requeridos para cada família. O advogado disse que as famílias decidiram entrar com ação indenizatória em Peixoto de Azevedo depois que a Justiça dos Estados Unidos “entendeu que todas as ações deveriam acontecer na Justiça brasileira”. Segundo Sampaio, há uma apelação na Justiça norte-americana que deverá ser julgada somente em dezembro.

Relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apontou, entre os fatores que contribuíram para o desastre que matou 154 pessoas, a desatenção de Lepore e Paladino e seu desconhecimento do plano de voo, além de erros dos controladores do tráfego aéreo. O acidente ocorreu ao norte de Cuiabá no dia 29 de setembro de 2006.

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