Cerca de 130 familiares e amigos de vítimas do Voo 3054 da TAM fizeram duas manifestações públicas para recordar os 199 mortos da tragédia e pedir punição dos responsáveis, ontem, em Porto Alegre. O acidente ocorreu no dia 17 de julho de 2007, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, ao final de uma viagem iniciada em Porto Alegre. O Airbus atravessou a pista sem perder velocidade e chocou-se contra um prédio da TAM.
Desde o acidente, os familiares das vítimas estão mobilizados e reúnem-se mensalmente para acompanhar as investigações e exigir segurança no transporte aéreo. Desta vez, o encontro foi em Porto Alegre. No sábado, os participantes do encontro ouviram o procurador da República Rodrigo De Grandis revelar a expectativa de concluir o inquérito até o final deste ano. Ontem, no primeiro ato público, os familiares e amigos foram ao Largo da Vida depositar flores em meio às árvores plantadas no ano passado para homenagear os passageiros, tripulantes e pessoas mortas no acidente.
Logo depois do ato no Largo da Vida, o grupo entrou no aeroporto Salgado Filho para a segunda manifestação, feita diante dos guichês das companhias aéreas. Nos discursos, os participantes pediram a prisão das dez pessoas indiciadas pela Polícia Civil de São Paulo como responsáveis pelo acidente. Segundo o presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM 3054 (Afavitam), Dario Scott, a punição de quem contribuiu para o acidente por ação, omissão, negligência ou imprudência deve ser exemplar para evitar a repetição de tragédias semelhantes no futuro.
Os familiares também estão mobilizados para ter acesso a informações detalhadas do inquérito da Polícia Federal e esperam conquistar assento no Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aéreos. A manifestação foi encerrada com um minuto de silêncio e uma oração pelos mortos no acidente. O próximo encontro dos familiares e amigos está marcado para os dias 16 e 17 de maio, em São Paulo.