Família de jornalista assassinado recebe proteção da PF

Em atendimento ao pedido da Anistia Internacional, a Justiça do Estado de São Paulo incluiu a viúva e os filhos do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, assassinado em maio do ano passado em Porto Ferreira (SP), no Programa de Proteção à Testemunha. A família foi retirada da cidade no início desta semana sob proteção da Polícia Federal de Araraquara.

A viúva do jornalista sofria ameaças dos possíveis assassinos do marido. Ninguém sabe o paradeiro dela e dos filhos, incluindo os familiares mais próximos. Segundo os familiares, ela recebia ameaças por telefone, sofreu tentativa de atropelamento e era perseguida ao sair de casa.

Barbon Filho foi morto a tiros no dia 5 de maio de 2007 em um bar no centro de Porto Ferreira. O jornalista acompanhava os casos policiais da cidade e fazia denúncias de abusos de autoridade em seu jornal. Ele também chegou a fazer denúncias contra policiais militares à Corregedoria da Polícia Militar.

De acordo com o promotor Gaspar Pereira Silva Júnior, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaerco), de Campinas (SP), quatro policiais militares e um comerciante estariam envolvidos no crime. A acusação tem base em depoimentos de testemunhas, laudos periciais e escutas telefônicas autorizadas pela Justiça.

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