A família da missionária Dorothy Stang, assassinada em fevereiro de 2005 em Anapu, no Pará, ficou satisfeita com a condenação da última segunda-feira (22) do pistoleiro Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, a 27 anos de prisão. A pena foi a mesma do primeiro julgamento. "O que nós queremos é que a mesma Justiça seja feita com a condenação dos fazendeiros Vitalmiro Moura, o Bida, e Regivaldo Galvão, o Taradão, que serão julgados em 2008", declarou o irmão da missionária, David Stang.
Ele, que veio dos Estados Unidos para acompanhar o julgamento, disse que acredita na Justiça brasileira e prometeu voltar com outros familiares no júri do próximo ano. "Minha irmã foi morta porque queria fazer com que a lei acontecesse naquela região", resumiu. Para Virgínia Moraes, uma das coordenadoras do Comitê Dorothy Stang, a mobilização vai continuar até a data do julgamento dos dois fazendeiros, acusados de serem os mandantes do crime.
O advogado César Ramos, defensor de Sales, disse que poderá pedir a anulação do julgamento alegando que dois dos sete jurados haviam participado do julgamento de Vitalmiro Moura no ano passado.
