Família de bombeiro pode ser 1ª indenizada pelo PCC

A família do bombeiro João Alberto da Costa pode ser a primeira de uma vítima a ser indenizada com dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Tudo depende de a Justiça reconhecer hoje que Costa foi morto por integrantes da facção criminosa. O assassinato do bombeiro é um dos símbolos da onda de ataques promovida pela facção no Estado em 2006 – ao todo, 48 agentes públicos foram mortos pelos criminosos.

Três dos acusados do atentado que deixou Costa morto e duas pessoas feridas começaram a ser julgados ontem pelo 1º Tribunal do Júri de São Paulo. O ataque ao quartel do 2º Grupamento de Bombeiros, nos Campos Elísios, no centro da capital paulista, aconteceu no dia 13 de maio de 2006.

Durante o processo, a Justiça bloqueou R$ 162 mil que estavam em uma conta bancária mantida por um acusado de trabalhar como contador para o PCC. O objetivo do bloqueio era garantir o pagamento de indenização à família de Costa. “Essa é uma decisão muito importante”, disse o promotor Marcelo Milani. Uma condenação dos acusados abrirá o caminho para a entrega do dinheiro à família.

Os réus que estão sendo julgados são Eduardo Aparecido Vasconcelos, o chamado “Mascote”, Giuliana Custódia, a “Gringa”, e Alex Gaspar Cavalheiro, o “Gordinho”. Caso sejam condenados, os réus podem pegar 60 anos de prisão.

A defesa alega a inocência de dois dos acusados e diz que não há provas para condená-los. “Mascote” admitiu ter dirigido o carro usado no crime. Ele teria recebido a ordem da liderança da facção para fazer “um ataque” e tido a ideia do atentado contra o quartel.

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