Comerciantes e médicos estão sendo alvo de falsos fiscais da Vigilância Sanitária de São Paulo. Só neste mês, a responsável por um mercado pagou R$ 250 a um estelionatário sob ameaça de ser multada, e a Secretaria Municipal de Saúde recebeu outras duas denúncias de tentativa de golpe. Um alerta publicado na quarta-feira (28) no Diário Oficial do Município afirma que “vários estabelecimentos” da Brasilândia (zona norte), da Lapa e do Butantã (zona oeste) e dos Jardins (zona sul) “têm sido vítimas” de golpistas.
O mercado onde houve a extorsão fica na Avenida Deputado Emílio Carlos, na Brasilândia. “Fizeram inspeção e disseram que, para não autuar, seria preciso pagar. É o que ocorre”, diz Ricardo Antônio Lobo, gerente de Produtos e Serviços da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa). Dias depois, num curso de atualização na Prefeitura, a comerciante soube que tinha sido vítima de um golpe. Segundo investigadores, o grupo conseguiu levar o dinheiro alegando que o mercado seria interditado por falta de higiene. Os responsáveis pelo estabelecimento não pediram crachá ao grupo.
As outras duas denúncias foram feitas anonimamente por responsáveis por estabelecimentos médicos. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foi relatado que falsos agentes sanitários estavam tentando “conseguir vantagens”. Em outro caso, o golpista tentou marcar encontro com o denunciante, mas não falou em valores. Para facilitar a identificação dos funcionários, a partir do final da semana que vem os fiscais passarão a utilizar jalecos com o brasão da Prefeitura e o símbolo da Covisa.