Pelo menos 208 internos e detentos de São Paulo e do Rio Grande do Sul não conseguiram fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ontem. As unidades onde eles estão detidos não receberam nem as provas nem os fiscais. O Enem foi aplicado ontem em 336 unidades prisionais de 16 Estados. Cerca de 12 mil estavam inscritos.

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Segundo o Ministério da Educação (MEC), uma das hipóteses para a falha é o extravio das inscrições. Para se inscrever pela internet, o candidato deveria fornecer o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). No entanto, muitos internos e detentos não têm o documento, o que inviabilizou a inscrição virtual. Assim, eles foram inscritos por meio de formulários de papel, que, caso tenham sido extraviados, não foram registrados pelo MEC.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) confirmou incidentes em 14 estabelecimentos penais no Rio Grande do Sul, onde 181 presidiários inscritos foram impedidos de fazer o Enem. Em São Paulo, o problema ocorreu nas unidades da Fundação Casa, a antiga Febem, que afirma que 13 unidades – totalizando 29 internos – não receberam as provas. O MEC, porém, confirmou apenas oito. Em todo o Estado, cerca de 400 estão inscritos.

O Inep estuda a nova data para o exame. Os dias 13 e 14 são cogitados. Como o órgão tem um banco de questões prontas, a nova prova terá perguntas que ainda não foram utilizadas.

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