O Primeiro Comando da Capital (PCC) continua abastecendo aliados no Rio com armas de guerra. Nesta semana, o Serviço de Inteligência da polícia paulista descobriu que os criminosos mandaram pelo menos 17 fuzis para a facção Amigo dos Amigos (ADA), que atua principalmente na Favela da Rocinha, na zona sul carioca.

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Não há informações de como a encomenda foi transportada, mas sabe-se que foi dias após o massacre que matou 60 detentos nos presídios de Manaus. Todos os mortos eram do PCC. Bandidos da Família do Norte (FDN), facção que domina a Região Norte do País, são apontados pelas autoridades como os responsáveis pelas mortes.

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A Polícia Civil de São Paulo também tem a informação que o PCC havia mandado outros 14 fuzis para a ADA no segundo semestre de 2016. Alguns integrantes da facção criminosa paulista estariam morando na Rocinha para ajudar os aliados no controle do tráfico local.

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Segundo as investigações comandadas pelo promotor Lincoln Gakiya, é possível afirmar que os massacres nos presídios do Norte do País estão relacionadas com a guerra declarada entre o PCC e o Comando Vermelho (CV). Aliados desde os anos 1990, os bandidos romperam relações em junho de 2016, após a morte do narcotraficante Jorge Rafaat, que comandava o tráfico na fronteira com o Paraguai. “O PCC passou a dominar esse espaço e não dividiu com o CV”, explicou.

Para o procurador de Justiça Marcio Sérgio Christino, especialista em crime organizado, a guerra entre as duas facções foi declarada em outubro, após a morte de 18 detentos em presídios de Roraima e Rondônia. “Simultaneamente, o CV fortaleceu alianças com facções locais das Regiões Norte e Nordeste, onde o PCC enfrenta forte oposição. Já o PCC fez aliança principalmente com inimigos do CV, como a ADA.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.