A Associação Brasileira de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip) demonstrou nesta sexta-feira (4) apoio iniciativa do Ministério da Saúde, de proibir temporariamente a veiculação de propaganda de analgésicos, como o paracetamol. Segundo o diretor-executivo da associação, Sálvio Di Girolamo, os principais laboratórios já foram contatados e concordaram em suspender, por enquanto, os comerciais na televisão e no rádio.
Di Girolamo esclareceu que os fabricantes estão solidárias com os esforços de combate dengue e seguirão a orientação repassada em nota pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não restringindo a suspensão apenas aos remédios base de paracetamol, como pedido pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, mas a todos os analgésicos. O ministro destacou que o objetivo é evitar a automedicação, que pode trazer problemas, inclusive de fígado, para os pacientes.
A Anvisa emitiu uma nota solicitando a suspensão da publicidade de todos os analgésicos, não especificou paracetamol que estaria contido no conjunto, disse Di Girolamo. Segundo o diretor da Abimip, o mercado de analgésicos abrange 50 fabricantes, responsáveis por 60 marcas diferentes.
A íntegra da nota distribuída pela Anvisa é a seguinte:
Em virtude da ocorrência de casos de dengue no Rio de Janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou formalmente Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip) que oriente os fabricantes de analgésicos para a necessidade de suspensão temporária da propaganda desses medicamentos. Essa medida tem a intenção de impedir que a população faça uso abusivo das substâncias analgésicas. O uso desses medicamentos pode retardar os sintomas da dengue, dificultando o diagnóstico e atrasando o tratamento da doença.
