Até o final de novembro, a Aeronáutica deverá voltar a monitorar a maior parte dos aviões de pequeno porte do País, que deixaram de ser acompanhados pela Força Aérea desde o final do ano passado por causa da crise e da carência do número de controladores do tráfego aéreo, afastados de seus postos depois do acidente entre o Boeing da Gol e o Legacy.

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A Aeronáutica estuda a ampliação do monitoramento de aviões que voem acima de 8 mil pés de altura. Nesta sexta-feira (5), os controladores só acompanham os aviões que voam acima de 11 mil pés. Com isso, cerca 90% das 9800 aeronaves de pequeno porte que estão trafegando pelos céus brasileiros, sem acompanhamento dos Cindactas, voltarão a ser controlados, conforme a expectativa do presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Adalberto Febeliano.

A informação de ampliação de 8 mil para 11 mil pés o monitoramento de aviões foi confirmada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. Ele explicou, no entanto, que a decisão sobre isso está dependendo de uma avaliação final dos centros de controle de tráfego aéreo. "Precisamos verificar se eles têm capacidade de absorver este volume de tráfego porque temos de examinar nossa capacidade de monitoração", disse ele.

"Os aviões que voavam por instrumento tinham acompanhamento do controlador, o visual não. O vôo por instrumento, até 11 mil pés parou por causa da limitação de controladores. Mas agora queremos fazer um controle global e isso depende do projeto em relação à plataforma de tráfego aéreo", comentou ele, informando ainda que está sendo estudada também a ampliação do número de vôos que cada controlador pode fazer, hoje limitado a 14. Mas esta é uma medida bem mais pra frente, segundo ele, porque dependerá de uma avaliação mais detida de uma auditoria em todo o sistema.

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