FAB vê falha humana em queda de Learjet

O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos em São Paulo (Seripa 4) divulgou ontem relatório preliminar sobre as causas da queda do Learjet 35 da Reali Táxi Aéreo, no dia 4 de novembro, na zona norte da capital paulista. O jato caiu sobre casas e 8 pessoas morreram. As três recomendações de segurança emitidas pelos militares são endereçadas às tripulações de aeronaves do mesmo modelo, indicando que houve falhas operacionais dos pilotos.

O teor de uma das recomendações também confirma rumores surgidos no início das investigações: o piloto Paulo Roberto Montezuma Firmino, de 39 anos, conversou em seu rádio Nextel até minutos antes da decolagem, no Campo de Marte. Tudo indica que essa distração, somada ao desbalanceamento da quantidade de combustível nos tanques do avião, contribuiu para a queda. Peritos da Aeronáutica têm evidências de que a tripulação do Learjet não fez o ?check list? da aeronave.

Os militares apuraram que o jato foi abastecido com mil litros de querosene, distribuídos igualmente nos tanques das asas. Toda a preparação para o vôo foi feita pelo co-piloto Alberto Soares Júnior, de 24 anos, sem a supervisão de Firmino, que cuidava de assuntos administrativos. A segunda recomendação de segurança adverte os tripulantes justamente para esse tipo de descuido. Soares Júnior era novato e não havia concluído o processo de instrução em vôo.

Após um mês e meio de investigações, no entanto, algumas dúvidas ainda não foram esclarecidas. Apesar de os indícios apontarem para o desbalanceamento da quantidade de combustível nos tanques não se sabe se ela ocorreu por um erro na operação de abastecimento ou por uma pane nas bombas que transferem querosene de uma asa para a outra.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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