A Força Aérea Brasileira irá restringir e até proibir o sobrevoo de aeronaves sobre algumas áreas da cidade do Rio como parte do esquema de segurança para a Rio +20 (Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável).
O Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) já emitiu as informações aeronáuticas, conhecidas como Notam (Notice to Airmen), sobre as medidas. O objetivo é maximizar a segurança do evento e das delegações com o menor impacto possível sobre o tráfego aéreo civil.
Desde a sexta-feira, já se encontra ativada sobre o Riocentro, local da conferência, uma área com raio de 1 km na qual estão autorizados apenas o sobrevoo de aeronaves militares, de segurança pública e de serviços médicos.
Área vermelha: no Riocentro será autorizado apenas o sobrevoo de aeronaves militares, de segurança pública e de serviços médicos até o dia 20. Área amarela: Entre 20 e 23 de junho, haverá outra área de voo proibido com 28 km de diâmetro. Área âmbar: do dia 18 até 23, a área que vai da Barra da Tijuca até o aeroporto Santos Dumont deverá permanecer com o espaço aéreo fechado para voos abaixo dos 6.000 metros de altitude.
A partir do dia 16, o espaço aéreo permanecerá restrito em um raio de 100 km e a uma altitude de até 6.000 metros em torno da cidade. Nesta área, somente serão autorizados voos regulares partindo ou chegando aos aeroportos e que cumpram os requisitos estabelecidos pelo Comando da Aeronáutica, como, por exemplo, a prévia apresentação de um plano de voo.
Segundo a FAB, não deverá haver impacto para a operação dos aeroportos do Galeão e Santos Dumont, mas serão proibidos voos turísticos, de instrução ou de reboque de faixas, além de planadores, asas-delta e balões. As aeronaves que se destinem a outras localidades serão desviadas para não sobrevoarem a cidade. A partir do dia 18, algumas rotas visuais de aviões e helicópteros também ficarão suspensas em toda essa área.
Sobre o Riocentro, a área de proibição de voo será expandida para 4 km, onde será proibido voar a qualquer altitude, com exceção dos voos que partirem ou se destinarem ao aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio.
A partir do dia 20, quando ocorrerá o Segmento de Alto Nível, para o qual é esperada a presença de diversos chefes de Estado, as regras para o espaço aéreo serão mais rígidas. Permanecem as restrições anteriores, mas nesse período somente aeronaves militares, de segurança pública e de serviços médicos poderão operar a partir do aeroporto de Jacarepaguá.
Também sobre o Riocentro, haverá outra área de voo proibido de 14 km de raio e até 6.000 metros de altitude.
A zona sul do Rio, onde ficam os hotéis que vão hospedar as delegações que participam da Rio+20, também terá regras específicas de controle do espaço aéreo.
Do dia 18 até o dia 23, a área que vai desde a Barra da Tijuca até o aeroporto Santos Dumont deverá permanecer com o espaço aéreo fechado para voos abaixo dos 6.000 metros de altitude.
Segundo a FAB, caças e helicópteros permanecerão de prontidão durante o evento para interceptar e até forçar o pouso de qualquer voo que descumpra as determinações. Aviões-radar e baterias de artilharia antiaérea também estarão posicionadas em locais estratégicos.
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