FAB repudia suspeita de pilhagem em acidente da Gol

O presidente da CPI do Apagão Aéreo do Senado, Tião Viana (PT-AM), leu nesta quarta-feira (8) durante audiência na comissão uma nota do Comando da Aeronáutica em que repudia a suposta participação dos profissionais das operações de resgate no acidente com o Boeing da Gol, em setembro do ano passado, com qualquer tipo de desvio ou uso ilegal de documentos ou bens pertencentes às vítimas da tragédia. O documento da Aeronáutica ainda informa lamentar o modo como o assunto está sendo tratado.

Familiares das vítimas do acidente informaram que documentos dos mortos estão sendo usados em operações fraudulentas. A nota informa que durante os trabalhos, parte da carga transportada na aeronave e alguns pertences das vítimas foram encontrados. "Logo na primeira semana, no local dos destroços, os militares tiveram contato com os primeiros grupos de pessoas estranhas à operação, como índios e mateiros, e até mesmo profissionais da imprensa, que imediatamente foram orientados a abandonarem a área de busca", afirma a Aeronáutica.

O texto explica ainda que na Fazenda Jarinã, para onde os corpos estavam sendo levados, os bens e materiais que eventualmente estavam juntos aos corpos ajudaram os legistas do Instituto Médico Legal (IML) na pré-identificação dos passageiros. "Esse material acompanhou os corpos transportados nos aviões da Força Aérea, em câmara frigorífica fechada, de Cachimbo para Brasília, de onde seguiam para o IML do Distrito Federal. Mais tarde, o próprio IML encaminhou esse material aos familiares", destaca a Aeronáutica.

Malas

Os pertences de maior volume, como malas, continua a nota, foram transportados para Cachimbo e catalogados por militares da Aeronáutica em conjunto com funcionários da GOL. Segundo a Força Aérea, das mais de 4 toneladas que embarcaram no vôo, aproximadamente 1,6 tonelada foi encontrada pelas equipes de resgate e entregue à Companhia Aérea, em Brasília, ao final da operação. Com relação à utilização de documentos ou de informações pessoais, a Aeronáutica ressalta que o fato de os mesmos não terem sido localizados não significa que eles foram pilhados.

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