Investigadores da Aeronáutica estudam fazer novas escavações nos escombros das três casas atingidas pelo Learjet 35 da Reali Táxi Aéreo, que caiu em 4 de novembro nas imediações do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, matando oito pessoas. A suspeita é de que componentes do avião que ajudariam a esclarecer as causas da tragédia ainda estejam enterrados no terreno. A Subprefeitura de Santana, responsável pela região, já foi procurada e se prontificou a ceder tratores e retroescavadeiras para ajudar nas escavações.

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Antes de voltar ao local do acidente, porém, os peritos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes de São Paulo (Seripa-4) querem ter certeza de que o trabalho é indispensável. ?Ainda estamos analisando os destroços do avião e cruzando os dados obtidos com a degravação da caixa-preta de voz. Se, mesmo com esses elementos, não conseguirmos chegar aos fatores que levaram ao acidente, voltaremos ao terreno para tentar encontrar essas peças?, disse o tenente-coronel Wagner Cyrillo Júnior, chefe do Seripa-4.

Os militares admitem que só voltarão a escavar os escombros em último caso. Além de a operação ser trabalhosa, nada garante que as peças serão encontradas – podem ter sido destruídas pelo impacto ou pelo fogo. ?Não adianta ir lá agora. Temos de ver se isso é produtivo?, explicou Cyrillo.

A Aeronáutica mantém em sigilo as hipóteses mais prováveis para a tragédia. Fontes do setor, no entanto, não acreditam que ela tenha sido desencadeada apenas por uma falha dos motores, como se previu no início.

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