Extradição de Cacciola depende das autoridades do Mônaco, diz Tarso

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que a extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola só depende das autoridades do Mônaco. "Isso [a extradição] depende de posições que não são nossas, e sim da polícia do Mônaco e do Estado Monegasco", afirmou o ministro.

Em São Paulo, Tarso Genro disse que seria uma temeridade prever a data em que a extradição deve ocorrer. Afirmou, contudo, que "ela está sendo preparada, em uma relação direta entre a nossa polícia, nossas autoridades [as brasileiras], e as autoridades de Mônaco".

Cacciola está preso desde setembro do ano passado no principado. O banqueiro é considerado foragido da Justiça e foi condenado, em primeira instância, pelos crimes de peculato, gestão fraudulenta e corrupção passiva.

Segundo Carlos Ely Eluf, um dos advogados que defende Cacciola no Brasil, a extradição do ex-proprietário do Banco Marka deve ocorrer no final da semana que vem. Eluf afirmou, no entanto, que entrou, na sexta-feira (11), com outros dois pedidos de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar suspender o retorno de Cacciola ao país.

Eluf disse, em entrevista Agência Brasil, que, no primeiro deles, ele pede o cancelamento da prisão temporária de Cacciola, já que o banqueiro já ficou um ano detido, enquanto a jurisprudência estabelece que este tipo de detenção pode durar até 81 dias. No outro, ele alega falhas no processo que condenou Cacciola em primeira instância.

Nesta semana, um recurso a favor de Cacciola protocolado no Comitê contra a Tortura da Organização das Nações Unidas (ONU) foi negado. O Supremo Tribunal Federal (STF) também arquivou um outro habeas corpus pedindo a suspensão do processo de extradição.

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