Os dois extintores de incêndio da churrascaria em que ocorreu uma explosão no domingo em São Caetano do Sul, no Grande ABC, estavam com a validade vencida, de acordo com o delegado Rui Diogo da Silva, do 1º Distrito Policial (DP) do município. O acidente feriu três pessoas, entre elas gravemente um menino de três anos.
Segundo o delegado, após a explosão de um réchaud (suporte para travessas, elétrico ou movido a álcool ou a vela), manuseado indevidamente por um dos garçons da Galeteria São Caetano, no bairro Santo Antônio, os funcionários tentaram usar os dois extintores, mas apenas um funcionou. A criança teve 54% do corpo queimado. O padrasto e a mãe dela tiveram queimaduras nas mãos, segundo informações do Hospital das Clínicas, onde o padrasto e a criança permanecem internados.
As investigações, de acordo com Rui Diogo da Silva, apontam para a imprudência do ajudante do garçom durante o manuseio indevido do réchaud, provocando uma explosão. Em depoimento, o ajudante de garçom confirmou que prestava serviços eventuais à churrascaria e que não tinha treinamento suficiente para o manuseio do aparelho, usado para manter os alimentos quentes à mesa.
Depoimento
O dono do estabelecimento, que deveria comparecer na manhã de hoje para prestar depoimento, ainda não havia aparecido até por volta das 12h30, de acordo com o delegado. “Vou aguardar até as 15h30 e, caso ele não compareça, vou marcar para as 11 horas de amanhã.”
O proprietário da churrascaria deveria ter prestado depoimento às 15 horas de ontem, mas não compareceu. Um novo horário foi marcado para as 10 horas de hoje. Se após três notificações o proprietário não for à delegacia, Rui Diogo da Silva afirma que terá de recorrer a um “mandado de condução coercitiva”, o que significa que um policial deve ser designado para levá-lo à delegacia.
