Rio – Três militares morreram e seis ficaram gravemente feridos numa explosão, ontem pela manhã, no quartel da 1.ª Companhia de Engenharia Pára-Quedista, na Vila Militar de Deodoro, na zona oeste do Rio. Outros dez militares, levemente feridos, foram atendidos no Hospital de Guarnição da vila. Um petardo explodiu por volta das 8h30, quando os militares preparavam explosivos para um treinamento, informou o tenente-coronel Gerson Pinheiro Gomes, porta-voz do Comando Militar do Leste. Entre as vítimas estão oficiais, sargentos, cabos e soldados. Um dos militares morreu na hora. Os outros dois morreram ao chegar aos hospitais de Guarnição e Central do Exército (HCE).
No final da tarde, o Comando Militar do Leste informou os nomes dos militares mortos e feridos na explosão. Faleceram o 1.º Tenente de Engenharia Univaldo de Mattos Ramos, o soldado Juliard Claudino de Lima e o soldado Alex Sandro Pestana da Costa. Continuam internados onze militares. O cabo Manoel Anísio dos Santos e os soldados Gustavo Henrique de Souza Santos, Thyago Perdigão do Nascimento e Fernando de Souza Nunes estão no Hospital Central do Exército. O terceiro sargento de Infantaria Sérgio Monteiro de Araújo está internado no Hospital de Força Aérea do Galeão. Com ferimentos leves e moderados estão internados no Hospital de Guarnição da Vila Militar: o terceiro sargento de Engenharia Leonardo de Souza Silva e os soldados João Renato Vigas Ribeiro, Carlos Alberto Guerra dos Santos, Davi de Oliveira Rodrigues, Cleiton Silva do Nascimento e Júlio César Barbosa Menjodas
O acidente aconteceu num dos galpões da unidade, dentro da área da Brigada Pára-Quedista. Os militares provavelmente manuseavam blocos do explosivo trinitrotolueno (TNT), mas somente a perícia poderá determinar o que causou a explosão. Segundo o tenente-coronel Gerson Pinheiro Gomes, muitos ferimentos foram provocados pelo deslocamento de ar resultante da explosão. A 1.ª Companhia de Engenharia Pára-Quedista é uma unidade operacional que apoia o deslocamento das tropas pára-quedistas. Para remover obstáculos, os homens dessa unidade recorrem freqüentemente a artefatos explosivos. O prédio térreo onde aconteceu a explosão teve parte do teto e das paredes danificada.
