Experts esperam por explicação de falha no vôo da TAM

A falha do piloto no manejo dos equipamentos do Airbus da TAM que se chocou contra o prédio da empresa não pode ser apontada como causa única para o acidente que matou 199 pessoas no último dia 17. Essa é a opinião dos especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S.Paulo. ?Se o erro tivesse acontecido em um aeroporto melhor estruturado do que o de Congonhas, sem dúvida a situação teria sido outra?, diz o engenheiro Cláudio Jorge Alves, professor titular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). ?Sem uma área de escape, suas pistas não deveriam ser usadas por aviões do porte de um Airbus A320.

O diretor do Sindicato dos Aeronautas, o comandante Carlos Camacho, também é assertivo com relação ao comprometimento da pista, mesmo que o manete tenha sido umas das causas da tragédia. ?Mas é claro que a pista teve influência. Com 1.940 metros, o tempo para resolver um problema, de 2 a 5 segundos, não é suficiente para o piloto?, afirmou Camacho. Segundo ele, é possível que diante do impasse o piloto tenha tido um ?bloqueio mental na tentativa de compreender o problema e encontrar uma solução?. Congonhas também não tem a área de escape chamada tecnicamente de Área de Segurança de Final de Pista (Resa, na sigla em inglês), que poderia reduzir os danos.

Para o diretor-executivo da Associação Brasileira da Aviação Geral (ABAG), engenheiro Adalberto Febeliano, a Airbus também não pode ser responsabilizada solitariamente pelo desastre, caso se comprove que houve falha humana durante o procedimento de pouso da aeronave. ?A operação incorreta dos aviões é fato recorrente, e por isso há tanto treinamento?, disse. ?Por mais que se criem barreiras para impedir o erro, os pilotos ainda cometem equívocos que podem levar a grandes tragédias.?

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

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