Os índios da aldeia Pavuru, no Xingu, no Mato Grosso, mantêm assembléia extraordinária desde a última quinta-feira (25) com oito funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) que participavam de um encontro sobre o plano de trabalho de saúde na aldeia para os próximos três anos. Os índios detiveram os servidores ao serem informados que o chefe do Distrito Sanitário do Xingu, Jamir Alves Ferreira, no cargo desde de 2005, seria exonerado. Isso revoltou os índios, que possuem uma relação muito boa com ele e não querem sua saída, explicou o índio Marcelo Camaiurá, da Aldeia Pavuru, também dizendo que "não se fez refém algum aqui".

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Camaiurá explicou que não se está mantendo ninguém como refém, mas sim em assembléia extraordinária. "Nós da Aldeia Pavuru havíamos decidido que o chefe Jamir deveria continuar como responsável pelo Distrito Sanitário do Xingu. E levamos isto para a reunião com a Funasa, quando fomos informados de que ele havia sido exonerado do cargo. Isso nos deixou aborrecidos e queremos que se revogue sua exoneração. Estamos esperando dois diretores da Funasa para conversar sobre o assunto. Todos esperam estes diretores, até os funcionários da Funasa que estão conosco. Não mantemos ninguém como refém. Isto não corresponde a verdade", disse.

A decisão da Funasa descontentou os indígenas porque eles não foram consultados sobre a mudança. Todos os funcionários da Funasa estão bem, não há violência e eles já entraram em contato com seus familiares, disse Marcelo Camaiurá.

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