O executivo Robert Dannenberg, 48, prestou novo depoimento hoje na Divisão de Homicídios do Rio sobre a morte de sua mãe, Alpha Dias Kieling, 77.

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Segundo o delegado responsável pela investigação, Rivaldo Barbosa, Dannenberg teve que esclarecer algumas dúvidas sobre o local do crime. Ele já havia prestado depoimento no último domingo após o corpo de sua mãe ser encontrado enterrado nos fundos do quintal de sua casa, em São Conrado, zona sul da cidade.

“Está descartada a possibilidade dele [Dannenberg] ser suspeito. Tentamos intimar, desde ontem, um funcionário da vítima, mas ele ainda não foi encontrado”, disse Barbosa.

Ainda de acordo com a investigação, havia dez dias que o executivo estava sem falar com a mãe por conta de problemas familiares. Além dele, a polícia também ouviu dois seguranças que trabalham na rua da aposentada. No total, oito pessoas já foram ouvidas.

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Um jardineiro é o principal suspeito da morte de Alpha Kieling. A vítima fez o último contato com o filho único no dia 18 de julho. Em um telefonema, avisou a ele que iria passar alguns dias na casa da família em Teresópolis, região serrana do Rio.

Dannenberg afirma que a mãe disse que pegaria um táxi no ponto em frente ao Fashion Mall para a viagem. O shopping fica em uma área de condomínios de luxo em São Conrado e em frente à favela da Rocinha.

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Na quinta-feira, oito dias após o telefonema da mãe, o executivo, que mora em São Paulo, recebeu uma ligação de um comerciante de São Conrado que disse estar preocupado, pois não encontrava Alpha Kieling havia quase uma semana.

O executivo viajou para o Rio no mesmo dia, mas não conseguiu entrar na casa da aposentada com suas chaves.

Ontem, no enterro, Dannenberg afirmou que voltou no dia seguinte com um chaveiro e policiais. Não encontrou a mãe, mas percebeu que móveis e objetos haviam sido mexidos e sentiu falta de uma bicicleta, um frigobar e joias.

Busca

A Polícia Civil pediu as imagens das câmeras dos vizinhos para verificar a movimentação no entorno da casa. Moradores disseram à reportagem que o jardineiro, identificado como Ênio, foi a última pessoa a ser vista circulando pela casa.

“Ele me disse que ela tinha viajado e que tinha deixado as chaves para ele dar comida para os gatos e o cachorro”, afirmou uma moradora, que pediu para não ser identificada.