São Paulo – Estudo revela que 42% das 5.507 cidades brasileiras, a grande maioria localizadas no Norte e Nordeste, estão associadas à exclusão social. A que está em pior condição é Jordão, no Acre, cujo Índice de Exclusão Social (IES) determinado pelo trabalho é de 0,230 (a pontuação máxima é de um – quanto mais próximo do zero o índice estiver, pior a situação social). O levantamento, elaborado durante dois anos por professores da Universidade de São Paulo, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Pontifícia Universidade Católica de Campinas e Universidade Paulista, revela ainda que o Brasil ainda não conseguiu superar a sua divisão regional.
O município com menor grau de apartação da sociedade é São Caetano do Sul, no ABC paulista, com o indicador de 0,864. As informações constam do primeiro atlas sobre o assunto do Brasil, que será lançado oficialmente amanhã, no Fórum Social Mundial de Porto Alegre, no Rio Grande Sul. O IES, no entanto, não indica somente se a população de determinada cidade é excluída porque passa fome ou porque não tem casa para morar. Foi formado considerando outros dados sociais, muitos deles do Censo 2000, como a taxa de emprego de um município, a desigualdade de renda, o número médio de anos de estudo dos chefes de família, a porcentagem de jovens na população e, a maior novidade, o índice de homicídio por 100 mil habitantes. A partir da ponderação de cada indicador chegou-se a um valor para o IES, que varia de 0 a 1.
