A Justiça do Rio condenou o ex-vereador Luiz André Ferreira da Silva, conhecido como Deco, a 10 anos de prisão em regime fechado pelo crime de quadrilha armada. Outras três pessoas do bando também foram condenadas a 7 anos de prisão, cada um.
O juiz Marco José Mattos Couto, da 2ª Vara Criminal de Jacarepaguá, não concedeu aos réus de recorrer em liberdade.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Deco seria o chefe de uma milícia que atuava, pelo menos desde 2004, em favelas dos bairros Praça Seca, Campinho e Tanque, na zona oeste do Rio, e Quintino, na zona norte.
A quadrilha praticava diversos crimes de extorsão, relacionados a serviços de “segurança e proteção”, monopólio no fornecimento de botijões gás de cozinha, distribuição de internet e TV a cabo clandestinos (“gatonet”), e exploração de jogos de azar. Comerciantes dessas localidades eram obrigados a fazer pagamentos periódicos em dinheiro ao bando, que utilizava armas de fogo como forma de intimidação.
Ainda segundo o Ministério Público, a quadrilha conseguiu eleger Deco vereador do município do Rio nas eleições de 2008, por meio de ameaças a moradores e comerciantes dos locais onde a milícia atuava.
IMPROBIDADE
Em 7 de novembro de 2012, a Justiça do Rio havia condenado Deco por improbidade administrativa e determinou seu imediato afastamento da Câmara de Vereadores. Contudo, ele já havia renunciado ao cargo na manhã daquele dia.
Na ação civil pública por improbidade, o Ministério Público acusou Deco de ter evolução patrimonial incompatível com o exercício da função pública, desde que deixou a suplência e assumiu o cargo de vereador em fevereiro de 2007.