O ex-secretário municipal de Segurança de Niterói, ex-policial civil e ex-vereador Marival Gomes da Silva, e o ex-presidente da Escola de Samba Viradouro e ex-policial civil Marcos Antônio Lira de Almeida foram presos na manhã desta quinta-feira, 7, em uma operação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ) e da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI).

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A dupla chefiava a quadrilha que explorava máquinas caça-níqueis em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, e é acusada pelo homicídio do subtenente da Polícia Militar Carlos Elmir Pinto de Miranda, em julho de 2012, em Itaipu, na Região Oceânica da cidade. Marival estava em casa, situada na Praia de Icaraí, área nobre de Niterói, e Marcos estava no bairro do Cafubá, na Região Oceânica. Contra eles foram cumpridos mandados de prisão preventiva, expedidos pela Justiça.

Os dois são acusados de ordenarem a morte do PM Miranda, que trabalhava como chefe da segurança de Marcos Lira e recolhia o dinheiro arrecadado com as máquinas caça-níqueis. O crime aconteceu porque Carlos Elmir omitia os valores arrecadados e a quantidade de máquinas existentes em áreas dominadas pelo tráfico.

Segundo a denúncia do MPRJ, o “golpe” foi relatado por um dos homens de confiança de Marival, que propôs a execução de Carlos Elmir tendo como condição a sociedade nos caça-níqueis omitidos pela vítima.

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O crime foi executado por Walter Carneiro da Silva Filho, Nathan Augusto da Silva Pereira, Anderson Luiz Portugal dos Santos e Sandro Borges Soares. O ex-PM Érides Mendes, também participou do homicídio, mas morreu na troca de tiros com a vítima.

A polícia chegou à quadrilha por meio de um vídeo que mostrava a execução de Carlos Elmir. Além dos mandantes, todos foram denunciados por homicídio e formação de quadrilha armada.

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Em maio deste ano, DHNSHI encontrou munições de uso exclusivo das Forças Armadas na casa de Marival Gomes, que não estava na residência. No mesmo mês, o PM Anderson Luiz Portugal dos Santos foi preso em casa pela morte de Miranda. No local foram encontradas camisas da Polícia Civil que seriam utilizadas como disfarces pelo grupo.

Em investigação realizada em 2011, parte da Operação Alçapão, Marival Gomes foi acusado de contravenção, corrupção passiva e formação de quadrilha armada.